sábado, 11 de fevereiro de 2012

A Doença do Beijo

MONONUCLEOSE INFECCIOSA ou doença do beijo é uma síndrome clínica caracterizada por mal estar, dor de cabeça, febre, dor de garganta, tendo como agente causal o vírus chamado Epstein-Barr (EBV), podendo ser causado também pelo Citomegalovírus (CMV). acomete mais frequentemente adolescentes e adultos jovens.
A doença passou a ter maior relevância em função de diversos tumores envolvendo um tipo de glóbulo branco, os linfócitos do tipo B, que é a célula que abriga o vírus quando da infecção, apresentarem no código genético de suas células o mesmo código do vírus o que levantou a suspeita , hoje confirmada, de que estas infecções contribuiriam com a causa destes tumores. Isto passou a ter relevância maior ainda no novo cenário de crescentes populações de “imunosuprimidos” (pessoas cujas defesas imunológicas estão diminuídas), seja em decorrência de infecção (SIDA ou AIDS) seja por tratamento anti-rejeição , no caso dos transplantados ou como decorrência de tratamento contra o câncer.
A infecção é adquirida pelo contato de saliva contaminada pelo vírus com a mucosa da boca e da garganta de pessoa que não teve contato anterior com este germe. Pode-se adquirir também, embora que raramente por transfusão de sangue ou outros órgãos e contato sexual. Por ser vírus pouco resistente necessita do contato direto da saliva contaminada com a mucosa. Esta característica junto com a faixa etária de acometimento mais freqüente é a razão pela qual mereceu o apelido de doença do beijo.


O diagnóstico é realizado através da analise do quadro clínico, juntamente como exames laboratoriais confirmatórios, pois a sintomatologia não é específica, podendo facilmente, ser confundida com outras doenças. O exame laboratorial é feito através da detecção do anticorpo contra o vírus EBV.

Esta doença não tem cura, mas o tratamento é feito com repouso relativo por cerca de 3 semanas; quando há um comprometimento hepático grave, deve-se tratar como se fosse uma hepatite viral aguda por, aproximadamente, dois meses; em certas situações pode ser feito o uso de corticóides; quando houver a ruptura do baço, deve ser realizada uma cirurgia pra removê-lo. Não é recomendado o uso de antibióticos quando não há uma infecção bacteriana secundária. Realizam-se também outras medidas terapêuticas visando reduzir a imunossupressão.

Pesquisas vêm sendo realizadas, relativas à vacina anti-EBV, viva ou atenuada. No entanto, Epstein desenvolveu uma vacina, derivada do gp340 do EBV, que foi testada em animais com sucesso.